sexta-feira, 29 de abril de 2011

TOLOSA NÃO É LÁ BEM TOULOUSE

É daquelas coisas que o blog, este espaço que é só vosso e apenas vosso, o blog gosta muito quando em dilemas lá cerebral dele, fica sempre muito feliz quando lhe consegue apertar o rabo a uma coisa que lhe andava fugindo... Tem destas coisas a solitária busca o tem...

Ora, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado " top. Cidade francesa. O Voc. e X. Fer. (I, p. 78) dão como equivalente port. desta forma Tolosa que, afinal, hoje só se emprega com os topónimos port. (Nisa) e esp. ; em relação do fr. todos dizemos "Tuluse" tal como escrevemos Toulouse, a grafia fr. ; as tentativas para impor Tolosa (com uso ant., em vez daquela, não têm sido felizes: esberram com o uso, com o artificialismo e os inconvinientes da confusão, pois desse modo passaríamos a ter a mesma forma para três topónimos diferentes (e cada um em seu país). Como disse, em port. ant. esta cidade fr. era, na verdade, chamada Tolosa: St. Maria n.º 78, vs. 1, 11, 58; n.º 158, vs. 23; n.º 175, vs. 8, 15, 56, 80; n.º 195, vs. 91; n.º 208, vs. 10; n.º 253, vs. 16; F.L.F., cap. 14, p. 46). Isto, porém, não constitui razão suficiente para a utilizarmos hoje; nesse caso o nosso "purismo" obrigar-nos-ia, coerentemente, a também proferir Odiana, Badalhouce, Ceita, etc. em prejuízo de Guadiana, Badajoz, Ceuta, etc. Ver Mensal, XIII, p. 335, e XIV, p. 190. Não se siga, portanto, a doutrina do Voc. s.v Tolosa".

terça-feira, 26 de abril de 2011

A ANTA DO TAPADÃO NA ALDEIA DA MATA

É datada de 3000 A. C., fazendo remontar a sua origem ao Neolítico.

Para demonstrar a sua origem muito antiga salientam-se outros vestígios arqueológicos como a Necrópele Lusitano-Romana da "Laje do Ouro" do séc. III D. C..

A primeira referência a esta necrópele foi dada por Frei Lucas de Santa Catarina, em 1734. Dada a sua dimensão apreciável e os fragmentos cerâmicos encontrados, supõe-se que tivesse servido uma população rural que teria talvez dado origem ao Crato medieval.

domingo, 24 de abril de 2011

O CORETO EM TOLOSA

No princípio do séc. XX foi o Largo Dr. Tello Gonçalves contemplado com este coreto que, em 1982, foi objecto de uma pequena restauração.

A sua forma é hexagonal, com 2,90m de lado e o pavimento de argamassa de cimento encontra-se a 1,60m de altura do solo.

Foi mandado construir pela Junta de Freguesia de Tolosa e actualmente é propriedade da Câmara Municipal de Nisa.

De paredes em alvenaria e cobertura em chapa zincada ondulada, com estrutura em ferro e cimalha da cobertura em chapa, serve hoje de palco a pequenos grupos musicais em festividades da vila.É electrificado e está em bom estado de conservação. (1)
(1) in " Coretos do Norte Alentejano / Maria de Lurdes Ferreira Serra.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E TÉCNICA

Designam-se Serviços de Informação Científica e Técnica e são um serviço central do Ministério do Emprego e Segurança Social - na estrutura da sua Secretaria-Geral - de concepção, coordenação e apoio técnico nos domínios da documentação, informação e divulgação da informação científica e técnica, para as questões sociais nas áreas de Política Económico-Social, Direito, Condições e Relações de Trabalho, Emprego e Formação Profissional, Estatísticas Sociais, Organizações Internacionais, Política Comunitária e Segurança Social.
Pode pois dizer-se, sem exagero, que em matéria de Trabalho, no SICT é possível encontrar todo o tipo de informação: referencial, bibliográfica, factual, jurídica, estatística e de imprensa - tanto no âmbito nacional, como internacional e comunitária.

BANCO DE DADOS
O fundo bibliográfico do SICT - com cerca de 65000 títulos, entre eles 1800 relativos a periódicos - é constítuido, nomeadamente, por colecções de obras de referência (enciclopédias gerais e especializadas, dicionários de línguas e técnicos, glossários, directórios, reportórios, guias e atlas, constituições, códigos, estatísticas, obras júridicas e colectâneas de legislação), colecções gerais (publicações do Ministério do Emprego e Segurança Social, relatórios e estudos de organismos públicos e privados nacionais e estrangeiros, publicações de organizações e instituições internacionais, bibliografias temáticas) e colecções de periódicos (periódicos especializados de âmbito económico social, jurídico e estatístico, séries das organizações internacionais, revistas de grande divulgação e newsletters).

Para além do já referido, o SICT dispõe ainda de documentação jurídica (informação sobre legislação e jurisprudência de âmbito nacional, comunitário e estrangeiro, informação sobre regulamentação colectiva de trabalho), documentação de Imprensa (arquivo temático de Imprensa diária, semanal e mensal desde 1974, documentação de Imprensa em microficha de "Conflitos de Trabalho/Sindicalismo", "Questões Sociais" e outras desde 1974) e de um arquivo histórico e documental (arquivos com material de organismos extintos antes de1974 - Ministério das Coorporações e Previdência Social, Serviços de acção social, grémios, etc.).

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
O SICT presta vários serviços aos seus utentes, através de um atendimento personalizado, que pode passar por consulta, informação e pesquisa, empréstimo, reprodução de documentos, tradução, terminologia, cooperação, formação e consultoria. No seu leque de utilizadores preferenciais, encontram-se juristas, sociólogos, economistas, investigadores, estudantes, parceiros sociais.

A prestação de serviços de informação que implique recolha de dados e organização, resposta ou pesquisa por meios informáticos ou temáticos é acompanhada por técnicos de informação no acesso a base de dados nacionais e estrangeiras. O SICT acede também, via Telepac, a diversas bases de dados (nomeadamente à PORBASE - base de dados bibliográficos - e às bases de dados internacionais da Organiazação Internacional do Trabalho e do Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional).

As bases de dados em CD-ROM são outro meio de pesquisa utilizado pelo SICT no que respeita a Informação sobre Sociologia do Trabalho, Higiene, Medicina e Segurança no Trabalho, Legislação Comunitária e às Convenções, Pareceres ou Relatórios da Organização Internacional do Trabalho.

Na Base de Dados Bibliográfica SOTE (Social, Trabalho e Emprego) é inserida toda a documentação tratada bibliograficamente pela Direcção de Serviços do SICT, com uma cobertura temática de informação nacional e internacional sobre trabalho, política de emprego, formação profissional, higiene e segurança, inspecção do trabalho e segurança social.

Por outro lado, o SiCT é também produtor das bases de dados factuais ORGFO/INSTIT (Instituições de Educação/Formação em Portugal e na Europa Comunitária) e MÉDIA (Entidades produtoras de material documental, audiovisual e multimédia para formação).

LIGAÇÃO AO CEDEFOP
O CEDEFOP (Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional) sediado em Berlim, é um organismo que tem por missão promover o desenvolvimento da formação profissional, no âmbito dos estados membros. A informação em matéria de formação profissional constitui uma das acções fundamentais do Centro. Para isso, conta com uma rede de informação Documental, o SICT desenvolve várias acções: informação geral sobre educação/formação em Portugal; colaboração nas publicações do CEDEFOP, Formação Profissional e CEDEFOP Flash Special; documentação de imprensa portuguesa; respostas a questões específicas na área da educação/formação; e, entre algumas outras, recolha de informações para o "Reportório Europeu de Projectos de investigação sobre Formação/Educação" do CEDEFOP.

DIFUSÃO E PRODUÇÂO DE INFORMAÇÃO
Compete ao SICT desenvolver acções de sensibilização, promoção e divulgação dos vários produtos informativos do MESS, quer através de produção editorial de estudos sectoriais na área do emprego, trabalho e formação profissional, quer organizando ou promovendo exposições temáticas, sessõs técnicas e seminários.

No âmbito destas atribuições os Serviços de Informação Científica e Técnica apoiam logisticamente outros órgãos e departamentos do MESS no que concerne à animação de espaços de informação e à concepção e tratamento imagnético de todos os suportos informativos.

Cabe igualmente ao SICT a produção e a informação técnica, elaborando, nomeadamente bibliografias e listagens, dossiers documentais temáticos, organização diária de pastas de informação de Imprensa e de toda a informação técnica oriunda da Comunidade Europeia, do CEDEFOP e da Fundação Europeia.

SICT - Edifício Sede do MESS, Praça de Londres, 2-1º, Lisboa

Horário do Funcionamento da Biblioteca: 10-12h 30 14-16h 30

Horário de Funcionamento do Posto de Venda: 9h 30 12h 30 - 14-17h.

Mas é daquelas coisas mesmo que revolta. Seja o presidente do Crato, do Gavião ou de Nisa, os Senhores, ao não ligarem nenhuma ao que está escrito em cima, a perder será o vosso povo e toda esta região imensa e bela. Façam um favor a vós próprios perante as vossas consciências e deiam um cheirinho e certamente que ides compreender que pode ser um polo e uma inspiração para mais qualquer coisa e um saber fazer que lá está contido e pode ser um acto de motivação para quem queira se aventurar...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

GÁFETE FOI UM SUCESSO

O que existia naquele tempo.
O acontecimento era lá cerca de 1930.

Esta urbe e pólis parece que crescia e segundo fontes jornalísticas lá da época naquele tempo, "uma pequenina cidade em formação", possuíndo luz elécrica, telefone público, escolas modernas, telégrafo, mercado diário e também a Banda "Barão de Gáfete", um dos melhores agrupamentos musicais do Alto Alentejo em altura aquela e ao mesmo tempo constituindo um motivo de recreio para esta população e aquele povo em altura lá dos anos 30, que lá do século que passou ou lá passado... (1)
(1) Baseado em "PDM do CRATO".

A CARTA ARQUEOLÓGICA NA TERRA DE AREZ

"Arez da Idade Média à Idade Moderna: um estudo monográfico Leitão, Ana Cristina Encarnação Santos Tese de mestrado em História Regional e Local apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008 http://catalogo.ul.pt/F/?func=item global&doc_library=ULB01&type=03&doc_number=000546695

http://hdl.handle.net/10451/1738"

A referida autora, os apontamentos que venho transcrevendo e seus, com a autorização da referida Universidade onde fez a sua tese, ela no seu levantamento cita o seguinte:

Horta das Póvoas. Sepultura antropomórfica.
O seu estado de conservação é Bom. É talhada num afloramento granítico.
Tem moldura em relevo, D. 1,72m comp., 0,56lg. 0,40pfd.

Tapada da Choça VII. Sepultura antropomórfica. Alta Idade Média. Esta sepultura não está identificada. É numa área afectada pela plantação de eucaliptos.

Tapada da Choça VIII. Sepultura antropomórfica. Alta Idade Média.
Não é também identificada. É numa área afectada pela plantação de eucaliptos.

Tapada da Choça IX. Sepultura antropomórfica. Alta Idade Média. Bom estado de conservação da mesma. É talhada num afloramento granítico. Tem moldura em relevo. Foi abandonada antesda sua conclusão. D. 1,40m comp., 0,50mlg e 0,10m prf.

Tapada da Choça I. Sepultura antropomórfica. Bom estado de saúde da mesma.
Não deixa de ser para mim um orgulho. É escavada num afloramento granítico.
A mesma enconta-se parcialmente coberta de blocos de granito.
D. 1,80m comp., 0,57m lg min.

Tapada da Choça II. Sepultura Antropomórfica. Alta Idade Média.
Bom é o estado dela. É talhada num afloramento de granito. Tem moldura de relevo. Tem de marcação do encaixe dos ombros. D. 1,80m comp., 0,40 m lg, 0,60m prf.

Tapada da Choça III. Seputura antropomórfica. Alta Idade Média.
Bom é o seu estado de conservação. Talhada num afloramento de granito
Tem moldura de relevo e D. 1,65m., comp., 0,50lg. 0,40pfd.

Tapada da Choça IV. Sepultura antropomórfica. Alta Idade Média.
Muito Bom é o seu estado. Talhada num afloramento de granito. Apresenta a mesma moldura de relevo. D. 1,80m comp., 0,65m de largura máx. e 0,50 lg. Min. e 0,40m prf.

Tapada da Choça V. Sepultura antropomórfica. Alta Idade Média. Bom.É a
mesma talhada num afloramento granítico.Tem moldura de relevo. D. 1,80m comp. 0,45lg. e 0,60 prf.. Está parcialmente coberta por um bloco de granito de grande dimensões. Encontra-se a cerca de 10m da Sepultura IV.

Tapada da Choça VI. Sepultura antropomórfica. Alta Idade Média. Bom. Boa.
Está ainda muito boa para as curvas no tempo. È talhada num afloramento de granito. Apresenta a mesma,  moldura de relevo. Nota-se uma diferenciação na zona da cabeceira  um provável encaixe para a cabeça que será mais simbólicio do que funcional.D. 1,75m comp. , 0,45 lg. Min., 0,60m de prf e 0,40m de prf.

Na Ribeira do Figueiró existe um Pontão. É do período medieval.O seu estado de conservação é Bom. Constituído por blocos de granito. Tem dois arcos de volta perfeita. Tem talha-mares a montante. Não possui apoios laterais nem negativos dos mesmos. No lado Este, acesso ao Monte Claro.
O tabuleiro prolonga-se sobre os afloramentos graníticos onde sobe este existem reentâncias que permitem passagem de água.

Herdade de Santo António. Na Herdade de Santo António encontra-se uma Ermida. É do períodomedieval/moderno. O seu estado de conservação é Bom. Séc. XIV. Um só corpo. Tem contrafortes laterais. As janelas são em fresta. A porta é com arco em ogiva. Tem impostas quadradas que encimam ombreiras.

Talefe. Mas o que será o Talefe? Fogo! Assim não vale. Aqui se está vendo mesmo uma nora.Talefe. Bem... Talefe é uma gravura rupestre (cruz).
Ei lá que aqui tem estado de mistério e os anos se sugerem longos, uma eternidade nestas terras ou o bravio animalesco delas.

Na Tapada da Choça existe uma Pia. O seu período é interminável. O seu estado de conservação é bom.É uma depressão num afloramento granítico com uma forma ovóide e uma abertura a Este. D. 1,35m comp., 0,50m lg, 0,40 prf.

Na Ribeira do Figueiró há Passadouros. São do tempo Modernos. O seu estado de conservação Bom. Situado na passagem para o Monte Claro. É um alinhamento de blocos paralelipipédicos de granito que permite o atravessamento a pé da ribeira.
O leito da ribeira encontra-se calcetado nesta área.

Largo da Igreja. Igreja. É do tempo Moderno.
O seu estado de consevação é Bom. Séc. XVI. Remodelada. Sob impostas quadradas.

Largo António A. Bastos. É o Cruzeiro. Está o Cruzeiro. O seu período é moderno. O estado de conservação do mesmo é Bom. Cruzeiro em granito de cruz simples sobre uma peanha de 3 degraus.

Rua Alexandre Herculano 15. (Cruciforme). Cruz num lintel. É do tempo Moderno.
Bom. O seu estado de Conservação é Bom. Cruciforme gravado numa cantaria de granito de uma janela. A base da cruz é triangular. É representando pequenos degraus. Eles parecem representar o Calvário. Trata-se de um reaproveitamento daquele bloco de cantaria uma vez que o crucuforme se encontra invertido.
D. 0,18mlg. e 0,30m alt.

Rua São João de Deus. Capela. Uma capela. A dita é do tempo Moderno.
Bom. O seu estado de conservação é Bom. Séc. XVI. Frontaria tem no fecho uma sineira simples. Porta renascentista. De granito. De granito, com arco redondo apoiado sobre duas meias colunas com bases e capitéis quadrados.
Na verga uma cabeça esculpida e, aos lados uma face radiante e uma caveira e dois ossos.

Tapada da Choça. Abrigo. Estado de conservação Bom. Conjunto de afloramentos graníticos. São de grandes dimensões. Formam uma pala que protege um corredor com o sentido sul-norte em que a entrada é a Norte. D. 12m comp. aprox. e 3m lg máx. Registam-se várias zonas de fogueira não estruturadas.
Identificaram-se fragmentos de cerâmica de roda e um percurtor. Um dos fragmentos cerâmicos parece terpertencido a um recipiente de armazenamento de grandes dimensões.

A autora, a senhora que ainda nos vai dando estes puros momentos de lazer e nos brindou um pouco com o conhecimento do nosso passado, na zona - aqui muito especialmente a todas estas terras e terrolas que circulam esta aldeia e freguesia de Arez, ela parece que tem muita força e é muito sumarenta e tem um gosto a muito gostosa estas terras de Arez e meus caros nunca o sabeis como o sinto no deserto deste Alentejoe a liberdade me vai na alma... O pouco ainda se vai protegendo e valorizando.

Não se lhe pode dizer que o concelho de Gavião lhe siga os mesmos passos.

Este espaço concelhio e geográfico está muita longe do concelho de Nisa.
Do Crato.
De Monforte.
De Alter do Chão.
Castelo de Vide.
Marvão.
Que de fronteira não conheço e não sei como se encontra o assunto.

Quero aproveitar.
Aproveito pois então.

Aos meus amigos e caros, José Joaquim, MMendes, e o colega de outos tempos em outras cerebrais, o pouco em mim ainda está e vai ficando, o meu caro e amigo Jaime Crespo, a referida autora diz na sua obra que a gentil, a educada, a criativa, ou seja lá um condado esta vila de Nisa, a autora diz que quando estava fazendo a sua Tese, a Câmara Municipal de Nisa estava fazendo a sua Carta Arqueológica.

Aos meus amigos e caros, tão só e simplesmente este meu peito aberto em uma pequena literária, a notícia em mim honra-me este Alentejo, este bocado do Alentejo no Norte é muito gratificante que a história, a nossa, ela se valoriza, se dá o valor que ela tem, como se não fosse ela, um cartão de visita que se oferece a quem nos visita, ou o turismo não seja o quinto ou o segundo negócio do mundo.
Acredito que o caro Ceia da Silva e a sua "Turismo do Alentejo, ERT", o esforço por si e a organização que comanda com os colaboradores, penso que toda a equipa só pode estar contente. Assim o penso e vos digo.

Não sei.
Não sei se a referida Carta já está concluída. Ou se houve uma partida já para o terreno, com este passado da malta.

A coisa, em esta minha memória se não me falha, no meu entendimento, a afirmação vai a fazer três anos quando a autora o disse, e que assim o penso e o registo no tempo desta planície que tão lento ela está e vai ficando.

Lameto.
Como a coisa dói tanto. 
Dói muito.
Sinceramente...

No concelho onde me encontro, nestas coisas de passar pela camarária do Gavião, nela, em ela me foi dito que este ano corrente logo em Janeiro, a Câmara Municipal de Gavião ía fazer a sua Carta Arqueológica do concelho.

Passado algum tempo, ao dar uma olhada pelas actas da mesma, o meu espanto é que a deliberação tomada não estava registada em acta.

sábado, 16 de abril de 2011

ALPALHÂO e FRANCISCO MORATO ROMA

 Na Igreja Matriz de Alpalhão está sepultado o dr. Francisco Morato Roma, que foi médico da Casa Real e do Santo Ofício de Lisboa.
Tal facto levou alguns a supor que ele fosse natural de Alpalhão.
A verdade, porém, é que ele era natural de Castelo de Vide, como consta da sua matrícula universitária em Coimbra, onde aliás figura o nome de Francisco Morato.
Explica-se que fosse sepultado em Alpalhão por ser cavaleiro da Ordem de Cristo e cujo Mestrado esta vila pertencia.

Da campa sepulcral consta ter falecido em 11 de Janeiro de 1670.
A indicação do dia pontual do seu nascimento não se reconhece, apenas se sabe, o ano do seu nascimento foi em mil quinhentos e oitenta e oito.

O seu pai se sabe que foi João Morato e a sua mãe o foi Maria Calado Roma.

Em primeiras núpcias casou com Isabel Gomes de Alpalhão.
O MAROTO não se ficou por aqui.
A Maria de Andrade do Vale foi a sua segunda mulher e era natural de Guimarães.
A coisa ela não fica por aqui e o nobre doutor volta a casar uma terceira vez, e desta, voltou outra vez a casar com a nativa também de Alpalhão.
O seu nome, a graça dela, Leonor Delicado o seu nome.

Este ser, esta personalidade na Universidade de Évora se foi formar em Filosofia.
Na Universidade de Coimbra os estudos os foi concluir e acabar em medicina.

Volta à sua terra.
Regressa às suas origens.
Em Castelo de Vide, "a Sintra do Alentejo", começou a exercer medicina.
Não foi só nela.
Em todas as terras à volta o seu sucesso suou.
O renome e a opinião pública a conquistou.
O seu sucesso ao Duque de Bragança D. Teodósio chegou e em mil seiscentos e dezanove o nomeia médico no paço ducal de Vila Viçosa.
O seu filho, o futuro rei D. João IV, o confirma também no cargo, que quando é aclamado rei em Dezembro de mil seiscentos e quarenta o leva para a corte como médico da Real Câmara.

É autor da "Luz da Medicina prática, racional e metódica, Guia de Enfermeiros, Lisboa (1664)", dividida em três partes, com novas edições em Coimbra e Lisboa.

O amigo, o nobre ser, talvez também um "João Semana" em outros tempos antigos e modernos, este médico morre a onze de Janeiro de mil seiscentos e setenta e oitenta e dois anos...